Monday, October 01, 2007

Pop-up question:

O que será mais condicionante e castrador: seguir religiosamente as regras impostas pela sociedade ou quebrá-las deliberadamente a todo o tempo, a qualquer o custo?

20 comments:

Gabi said...

Situação:
Alguém que vê uma camisola as losangos que gosta e que pretende comprar. Posteriormente, apercebe-se que as camisolas aos losangos são modinha. Então, resolve não comprar. O que é mais condicionante: seguir a moda ou não comprar?

O que acontece mtas vezes é que o indivíduo pretende tanto demarcar-se da corrente que acaba por cair numa contra-corrente. Tb esta com as suas regras e imposições, definidas em função das regras e imposições da corrente.

Reformulando a pop-up question: quem consegue ser genuíno nos dias que correm?

naine said...

quem se está a marimbar para a corrente e a contra... e compra a camisola por gostar mesmo dela ou não a compra por detesta-la... depois essa pessoa ajuiza a sua decisão, verifica se o fez genuinamente e assim segue... mas normalmente quem não pensa muito nisso... normalmente está genuinamente melhor

Gabi said...

LOL
Só tu!

Bruno Ramalho said...

acho que essa corrente e contra-corrente de que falas aí são a mesma coisa, pois ambas "obedecem" a regras impostas pela sociedade.

quem não pensa no "eye of the beholder" da sociedade é que pode realmente ser genuíno, e comprar a camisola porque gosta realmente dela, e não se preocupar com o que a rodeia.

o que é óbviamente complicado, mas libertador!

Jorge said...

Antes de mais, bem-binda desaparecida... :D
Acho que estás a misturar 2 conceitos... uma coisa é "seguir a sociedade" e a isso acho que estamos todos "obrigados", enquanto nos consideramos parte dela. Isso da camisola tem a ver com tendências e com questões específicas da sociedade às quais podemos estar completamente a borrifar. Todos iríamos sentir falta das "regras da sociedade" se as mesmas deixassem de existir, isso é um facto... por outro lado, por vezes seria bom sair dela por uns tempos, principalmente se o regresso fosse possível sem qualquer consequência do afastamento, o que me parece díficil...

Ficam umas letras de Jerry Hannan, que considero particularmente interessantes, de certa forma relacionadas com o tema...

It's a mistery to me
we have a greed
with which we have agreed

You think you have to want
more than you need,
until you have it all you won't be free...

society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me

When you want more than you have
you think you need,
and when you think more than you want,
your thoughts begin to bleed

I think I need to find a bigger place
'cos when you have more than you think
you need more space

society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me
society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me

there's those thinking more or less less is more
but if less is more how you're keeping score?
Means for every point you make
your level drops
kinda like its starting from the top
you can't do that...

society, have mercy on me
I hope you're not angry if I disagree
society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me...

naine said...

no fundo acho que a gabi não estava a falar da sociedade nem de correntes, mas de um dos principais ingredientes com que se faz na essencia um ser humano,
ou seja a individualidade e talvez a questão fosse uma forma de reler e confrontar as suas proprias ideias nas entretanto expostas por nós!!!

Jorge said...

Nesse caso não faz muito sentido falar em "quebrar regras", não se aplica no caso da individualidade.
A individualidade é um direito na sociedade.

naine said...

esclarecimento:
o que disse anteriormente pode estar muito longe da verdade, pois atirei para o ar que ela poderia estar a querer dizer uma coisa e na verdade ela quer dizer outra... sendo ela quem é nunca se sabe o que lhe vai na moleirinha.

quanto ao que disseste jorge acho que laboras em erro ao acreditar que a individualidade é um direito, pois acima de tudo é um dado adquirido. não existe ninguém sem a sua. o que na sociedade é um direito é a liberdade, mas nem sempre te é concedido.

Gabi said...

Meus queridos, na verdade tratava-se uma pergunta retórica. (São as que dão mais gozo responder. Eu sei!)
Não estava à espera de nenhuma resposta mas sim que se dedicasse algum tempo a pensar no assunto.
De qualquer forma, agradeço imenso o vosso esforço na busca de uma resposta à (mal)dita. É por isso que eu gosto de vc!!! beijo

Jorge said...

naine, nesse caso, a liberdade é um dado adquirido tanto quanto a individualidade. A meu ver, não há individualidade quando não há liberdade.

naine said...

voltas-me a chamar querido e eu parto-te os braços!!!

e se responderes ui ui que medo parto-te os dedos dos pés também!!!

Gabi said...

A resposta que merecias era: "ui, ui, que medo, meu querido.". Mas já reparei q acordaste do avesso hoje. Por isso, apenas digo que desta vez não estava a ser irónica. Era mesmo "querido, de muito estimado". É por estas e por outras que eu vou desisitir de tratar bem as pessoas! (Olha o meu lado dramático...)

naine said...

jorge olha que se a liberdade fosse um dado adquirido não se lutava tantas vezes por ela!!!

além disso sem liberdade tens individualidade nem que te prendam por isso mesmo!!!

mas isto são perspectivas e cada um tem a sua.

naine said...

qual lado dramatico?!?...

Jorge said...

Nem mais... não passam de perspectivas e infelizmente não é tão linear quanto se possa querer.

Mas... qual a individualidade de um soldado ? Qual a individualidade de um refém ? Qual a individualidade de um prisioneiro nazi ?
É puramente ao nível do sonho ou pensamento, tal como a sua liberdade.

IMHO, hoje em dia luta-se muito pela individualidade, mesmo nas sociedades consideradas "livres". É muito complicado falar em "dado adquirido" numa sociedade... isso é um luxo para poucos, para todos os outros, é uma ilusão bem criada.

Gabi said...

E se eu deitasse mais uma acha à fogueira?...

Ja repararam na facilidade com que se "colam rótulos" às pessoas nos dias que correm? Perde-se pouco tempo a conhecer as pessoas (indivíduos) como elas de facto são e, à primeira vista, é-lhes logo atribuído um "rótulo". Rótulo atribuído pelo que veste, pelo que ouve, pelo que come, pelo perfume que usa, pelos sítios que frequenta, etc.
É das coisas que mais me custa, ver pessoas inteligentes cederem a este facilitismo.
Mas vamos deixar estes assuntos para os jantares-da-malta-jovem. Por falar nisso, já estava na altura, não?! Ainda não foi feito o jantar da reentré...

naine said...

quase que concordo com tudo, não posso no entanto, respeitosamente claro, acreditar que é um luxo a individualidade.

não pode ser e se for eu reafirmo a minha dizendo que não conheço duas pessoas iguais. ocasionalmente ser arrastado para decisões por causa do todo é desculpavél, mas pertencer ao todo por preguiça intelectual é falta de personalidade, não tem outro nome!!!

naine said...

quanto ao jantar na quinta vespera do feriado ou no sabado 6 de out.

e até digo que deveria ser no Abadia!!!

Jorge said...

Ou falta de personalidade ou impossibilidade...? Pertencer “ao todo” não implica a privação da individualidade. Já agora, achas que não pertences "ao todo" ? E acreditas que a tua individualidade está preservada, mesmo quando te assumes como parte de um sistema ?
Eu não estou a colocar em causa a definição de individualidade, estou a ir um pouco mais longe... por simples definição, obviamente que um indivíduo tem personalidade, identidade, mas nesse caso todos têm e esta questão não existe.

naine said...

não! não acho que pertença ao todo! e sei quem sou! por isso a minha individualidade esta preservada...