Hoje acordei com uma vontade enorme de ser imbecil. Não é que isso não me aconteça amiúde, mas, hoje, o sentimento tem algo por trás. Vou ter um encontro. Iupiii!! E como se não bastasse é com uma mulher. Que maravilha! o meu karma começa finalmente a melhorar.
Esta é a segunda boa notícia da semana para mim. A primeira foi a OPA do Joe madeirense sobre o Benfica. Estes sempre acusaram o pessoal do Porto de ser dirigido por uma cambada de mafiosos, além de o pessoal do norte não passar de um bando de patos bravos, empresários iletrados, à procura de fama e fortuna, traduzindo, sexo fácil e com fartura.
Bem, tenho que reconhecer que, desta feita, os lampiões desferiram um ataque mortal a esta nossa imagem, arduamente construída ao longo destes anos de centralismo macrocéfalo.
Primeiro, vão ter como principal accionista um cretino, que além de saber inglês vernáculo, é, simultaneamente, um bandido e um parolo de um calibre tal, capaz de envergonhar a trupe do pintinho e qualquer empreiteiro nortenho.
Mais, o homem provou mais uma vez que está à frente do resto dos tugas. Sabe inglês calão e teve que percorrer meio mundo para o aprender. Qual ensino oficial, cinema anglo-saxónica ou Internet. É preciso ir à fonte, meus amigos. Explorar uns milhares de negros sul-africanos ou roubar uns quantos sócios internacionais ao longo destes anos de grande experiência empresarial.
Mas passemos ao cerne da questão. O que verdadeiramente importa e que naturalmente intriga a generalidade dos pacóvios que têm a infelicidade de ouvir até ao fim o que o homem tem para falar. Falar, porque dizer seria um verbo excessivo para descrever o que o sujeito faz cada vez que abre a boca e exercita as cordas vocais.
Aquele blazer e t-shirt pretos!? São vários ou é sempre o mesmo. Ou será uma táctica para não despender energia cerebral de manhã ao escolher a roupa. Mas poupar este tipo de energia para quê? Isso não se aplica apenas a quem tem cérebro??
Finalmente a corrente está a mudar. O Joe vai tomar conta do glorioso, ao mesmo tempo que o pintinho é acusado de corromper um árbitro, precisamente num jogo disputado no mítico estádio das antas, frente ao último classificado do campeonato, sem lances duvidosos, num ano em que o FCP apresentou provavelmente a melhor equipa da sua história. Vai dar condenação na certa. Fica-nos a consolação de os principais responsáveis da investigação apito dourado serem uma sr.ª Procuradora que acredita piamente na Carolina alternadeira e um responsável da PJ que percebe tanto de futebol como eu de macramé ou ponto cruz. Por aqui estamos garantidos.
Um benfiquista confessou-me, há poucos dias, uma comparação que me deixou aterrado.
O Pinto ia ser apanhado por um caso sem importância, tal como o Al Capone tinha sido apanhado por evasão fiscal.
Achei a comparação infeliz, até porque me parece altamente improvável que o Al Capone fosse algum dia apanhado por evasão fiscal em Portugal, ele ou qualquer outro cabrão que foge aos impostos. Claro que esta é uma forma de interpretar a comparação que me agrada sobremaneira, não fosse eu um anti-lampião convicto, nem que para isso tenha que acreditar na inocência do Pintinho. Eu no máximo julgaria o Pintinho por um crime gravíssimo e indigno da sua experiência: ter metido dentro de casa uma puta, e logo de Gaia. Santa ignorância….
Mas não é só a cor do Benfica que me desagrada, nem o facto de ter adeptos ridículos e em número só comparável aos clientes do Continente. É algo químico, hormonal, endémico. Mas não se preocupem, não é nada racional. Nem tem absolutamente nada a ver com o facto de o Benfica ser um clube que floresceu à sombra de um regime ditatorial, opressivo e dominado por um parolo com mentalidade de merceeiro. Nada mesmo!
Nem com o facto de, durante algumas décadas, ter sido alimentado artificialmente de títulos, conquistando adeptos acéfalos de Monção a Monte Gordo, sem esquecer a nossa prestigiante comunidade emigrante, que tanto faz, diariamente, pela marca Portugal e por esse símbolo nacional que é o garrafão de 5 litros.
Defendem os detractores da regionalização que sendo o país tão pequeno e homogéneo jamais se justificará uma divisão administrativa. Ideia absurda e inadmissível, sobretudo se levar à divisão proporcional e racional dos recursos financeiros. Pois é sobretudo nesta vertente económica que reside a heterogeneidade do nosso rectângulo.
Mas não é por nada disto que eu odeio este símbolo fedorento do Portugal serôdio que é o Benfica. É mesmo algo químico, hormonal e endémico.
autor do texto: the boy next door
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