Wednesday, June 06, 2007

Marina Tsvetaieva: a poeta

"Para que seja possível a completa harmonia das almas é necessária a harmonia da respiração, pois que é a respiração senão o ritmo das almas? Assim, para que as pessoas se compreendam umas às outras, é necessária que caminhem ou que se deitem uma ao lado da outra."

"Cada vez que sei que alguém me ama - surpreendo-me, que não me ama - surpreendo-me, mas surpreendo-me sobretudo quando sou indiferente a alguém."

"O primeiro olhar amoroso é a distância mais curta que há entre dois pontos, essa divina recta que não tem igual."

(extractos do diário de Marina Tsvetaieva)


"É a mesma coisa que não chamar ainda uma última vez, pela janela, aquele que se vai embora."
( Correspondência a Três, pág. 169, de Tsvetaieva a Pasternak)

"Tenho um pedido a fazer-te. Não digas com demasiada pressa que te decepcionei."
(Correspondência a Três, pág. 156, de Pasternak a Tsvetaieva)

"Tenho medo, tenho medo de dizer alto aquilo que tenho medo."
(Correspondência a Três, pág. 148, de Pasternak a Tsvetaieva)

"Boris, acabei agora de voltar do mar, e compreendi uma coisa. Desde a primeira vez em que deixei de amá-lo (quando era pequena, amava-o, como amava o amor), continuo a fazer um esforço para o amar, na esperança de ter simplesmente crescido, mudado. E, se de repente, ele começasse a agradar-me, assim sem mais nem menos? Ponto por ponto, como no amor. Identicamente. E de cada vez: não, isso não é para mim, não consigo. Esse mesmo desejo de entrar no jogo (mas sem qualquer tipo de sedução, isso nunca!), uma extrema delicadeza, uma tentativa de penetrar para lá da palavra (porque a palavra é uma coisa muito diferente da coisa: é ela própria uma coisa que é só um signo. Nomear - reificar e não desencarnar); e em seguida a réplica."
(Correspondência a Três, pág. 172, de Tsvetaieva a Pasternak)

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