Quem espera sempre alcança

Há uns meses atrás comprei um cd de Mahler, Adagietto da V Sinfonia. A primeira vez que ouvi, gostei. Mas como andava entretida com outras audições, não lhe dei o devido valor. Durante estes meses voltei a colocar o cd algumas vezes. Sempre que o ouvia, gostava, mas não me viciava.
Há um tempo atrás comecei a escutá-lo de facto. Aos poucos fui-me apercebendo de pequenos detalhes que escapavam à primeira audição ou a ouvidos mais distraídos. Fui-me viciando. Fui querendo captar todos os detalhes.
Há cerca de três semanas atrás cheguei à conclusão que melhor era impossível. Não existia. Era aquilo: a gravação do Adagietto de Mahler, a minha música preferida.
É impressionante como não nos enfastiámos daquilo que gostámos, que adorámos. Ultimamente tenho adormecido a escutar este cd, acordo a pensar quando o vou escutar. A cada audição há sempre um detalhe novo que me agarra, que me surpreende. Até mesmo o facto de haver uma parte em que existe uma ligeira desafinação eu gosto. Só torna esta gravação mais realista. Não foi manipulada digitalmente.
A perfeição existe na sua imperfeição.

Para quem não conhece, fica aqui o link para que possam ficar a conhecer.
É lindo! De levar às lágrimas. Mas a minha gravação é muito melhor. É perfeita!